No final do último ano lectivo, devido à pandemia COVID-19 fomos obrigados a efetuar alterações nos contextos educativos e nos processos de ensino-aprendizagem, gerando novas interacções entre os alunos, os pais/cuidadores, os professores/outros profissionais e a escola. A incerteza e as mudanças nas dinâmicas relacionais e de aprendizagem mantêm se neste novo ano lectivo de 2020/2021, que agora se inicia. Toda a comunidade educativa enfrenta desafios excepcionais o que torna natural que todos, inclusive pais e cuidadores, possam experienciar uma variedade de sentimentos (às vezes aparentemente opostos, tais como alívio e preocupação, culpa e confiança) face ao regresso à escola.
É natural que se sintam ansiosos, preocupados com novas possibilidades de encerramento das escolas, modelos de ensino mistos ou à distância, ou com a implementação de outras medidas.
Neste sentido, é fundamental que o regresso à escola se baseie na premissa que a escola é um espaço seguro e protetor, cuidador e de apoio ao desenvolvimento, à saúde (física e psicológica) e ao bem-estar das crianças, jovens e demais comunidade educativa.
O que podem os pais e cuidadores fazer para facilitar o regresso à escola de crianças e jovens?
Recomendações para pais e cuidadores:
- Reconheçam e identifiquem receios e sentimentos de ansiedade em si próprios e nas crianças e jovens de quem cuidam, promovendo formas saudáveis de lidar com eles, sem cair em exageros;
- Conversem com a/o criança/jovem sobre aquilo que a/o preocupa;
- Antes do dia de regresso à escola, conversem com a criança/jovem;
- Preparem as crianças/jovens para as mudanças nos processos e logísticas habituais da escola;
- Estejam preparados para lidar com alguma “ansiedade de separação”;
- Enfatizem o papel da criança/jovem em manter-se saudável a si e aos outros;
- Reestabeleçam, em casa, as rotinas relacionadas com a escola;
- No final do dia, depois da escola, conversem com a criança/ jovem sobre como foi o dia na escola;
- Sintam e transmitam confiança na escola;
- Procurem reservar algum tempo extra para estar com a criança/jovem (a falar, a brincar, a jogar);
- Mantenham um canal de comunicação aberto com a escola;
- Apoiem a realização de tarefas escolares;
- Estejam atentos aos sinais de alerta e comportamentos de risco que levam ao abandono escolar;
- Mostrem-se disponíveis para ouvir a criança/jovem;
- Recorram ao apoio especializado do Psicólogo escolar;
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