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Exames Nacionais e Ansiedade

(por Sara Pacheco Soares in Ordem dos Psicólogos Portugueses)

A preparação para os exames nacionais é sentida com alguma pressão pela maioria dos jovens, uma vez que os seus resultados estão diretamente relacionados com a candidatura ao Ensino Superior e com a vida futura. É comum sentirem algum nervosismo ou stress correspondente a ansiedade de desempenho e que é útil para estarem com a máxima atenção no desempenho de uma tarefa. Em níveis normais, esta ansiedade é benéfica para a motivação e eficácia do estudo, permitindo mobilizar a energia necessária para superar eficazmente uma situação exigente para o organismo. No entanto, pode acontecer sentirem uma maior dificuldade em geri-la, tornando-se excessiva e interferindo negativamente no resultado dos exames. Neste caso, é importante estarmos atentos aos sinais, recorrer a algumas estratégias de gestão da ansiedade e procurar ajuda se necessário.

Para vencer a ansiedade é importante:

 • Preparar o exame com antecedência, elaborando um plano de estudo e horário pormenorizado que contemple toda a matéria e metas exequíveis;

• Estudar num local iluminado, organizado, tranquilo e arejado;

 • Comer e dormir bem;

• Fazer pausas entre as horas de estudo, reservando algum tempo para estar com os amigos e para praticar algum exercício físico;

• Manter a concentração e a atenção.

 • Durante o exame leia cuidadosamente todo o enunciado, comece por responder às questões mais fáceis e que se sente melhor preparado, controle adequadamente o tempo para cada questão, procure não se distrair com o que se passa à volta. Se necessário, recorra a técnicas de relaxamento (por exemplo: respiração profunda e pensamentos positivos). Quando terminar faça uma revisão da prova.

De acordo com a Psicóloga Ana Rodrigues da Costa, este problema pode surgir por diversos motivos:

– não estudar correta e eficazmente, o que pode dever-se à ausência de hábitos de estudo e/ou da inadequação das técnicas de estudo utilizadas. Neste caso, a pessoa fica ansiosa, porque sabe que não se preparou convenientemente para a prova;

– estudar de forma adequada e correta mas, mesmo assim, ficar nervoso(a), ter “brancas” e a realização do testes não reflete o que estudou e o que sabe. Isto pode dever-se a ter tido, anteriormente, uma “branca”, numa prova de avaliação. O(a) aluno(a) centra-se nesse acontecimento e não nas vezes em que teve sucesso;

– ter informações negativas sobre a disciplina ou sobre o(a) docente, como por exemplo: “é muito difícil, têm quase todos negativa…”. Antecipam-se assim as más notas, o que o(a) deixa mais nervoso(a);

– considerar que a sua avaliação enquanto pessoa depende do êxito ou do fracasso, ou seja, se tiver “má nota”, é porque é uma pessoa pouco inteligente;

– considerar que o que faz tem que ser perfeito, tem que ser o(a) melhor e não pode cometer erros. A simples antecipação de que a nota não vai ser tão boa como pretende ou considera merecer ou de falhar os objetivos a que se propõe vai fazê-lo(a) sentir-se ansioso(a) e isso pode levar a um círculo vicioso.

 

Algumas estratégias de estudo:

Os três anos do Ensino Secundário (10.º, 11.º e 12.º anos) são muito importantes, porque as notas desses anos podem condicionar o futuro profissional. As avaliações devem ser encaradas de forma séria mas não devem ser passíveis de aumentarem o nível de ansiedade irracional.

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